Água-viva imortal tem genoma decifrado por pesquisadores

Água-viva imortal: elixir da juventude ou mito biológico?

Ela nos ensina que a adaptabilidade e a resiliência são ferramentas poderosas para enfrentar as adversidades.

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água-viva imortal
Fonte: Freepik

Em um reino azul profundo, onde a luz solar se esvai e a vida assume formas surpreendentes, habita uma criatura extraordinária: a água-viva imortal, conhecida cientificamente como Turritopsis dohrnii.

Isso mesmo, essa água-viva microscópica possui a capacidade de reverter seu ciclo de vida e, assim, abrir portas para um futuro promissor na ciência. Venha com a gente e vislumbre um futuro onde a regeneração e a longevidade podem ser realidade.

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Conhecendo a água-viva imortal

A água-viva imortal, também conhecida como Turritopsis dohrnii, ostenta um título que faz jus à sua incrível capacidade de driblar a morte. Apesar de não ser imortal no sentido literal, possui um trunfo único: a transdiferenciação.

Ao contrário de outros seres vivos que envelhecem e morrem, a Turritopsis dohrnii, quando se encontra estressada ou em perigo, pode reverter seu ciclo de vida. Ou seja, voltar à fase de pólipo e reiniciar sua jornada como uma nova medusa.

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Seria como se você pudesse voltar a sua forma infantil a cada desafio. Em outras palavras, jogar o jogo da vida com infinitas vidas extras. Apesar de seu tamanho, menor que a unha do seu dedo mindinho, ela desafia predadores e doenças com essa capacidade.

Essa habilidade reside nas células-tronco totipotentes da água-viva. Sendo assim, elas são como camaleões celulares, capazes de se transformar em qualquer tipo de célula, permitindo a regeneração completa do organismo. Ou seja, a personificação da resiliência.

Embora seja conhecida como água-viva imortal, vale ressaltar que ela não é invencível. Sendo assim, predadores famintos e doenças ainda podem decretar seu fim. No entanto, a capacidade de transdiferenciação a torna incrivelmente resistente, garantindo que sua espécie persista por eras.

O que a ciência tem a dizer?

Estudos revelaram que a Turritopsis dohrnii possui algumas características únicas que contribuem para sua incrível capacidade de regeneração.

Como já dissemos, as células-tronco totipotentes são células especiais capazes de se transformar em qualquer tipo de célula do corpo. Nesse sentido, permite a regeneração completa do organismo.

Além disso, a água-viva imortal tem telômeros excepcionalmente longos. Sendo que essa característica ajuda a prevenir o envelhecimento celular. Aliás, os telômeros são as ‘tampas’ dos cromossomos, os quais protegem o DNA contra danos.

Falando em DNA, essas águas-vivas possuem mecanismos eficientes para reparar danos ao DNA. Logo, conseguem manter a saúde celular e prevenir o envelhecimento.

No mais, a água-viva imortal é um exemplo inspirador da resiliência da natureza e da capacidade da vida de se adaptar e superar os limites. Inclusive, observá-la nos faz sonhar com um futuro onde a ciência nos permitirá viver vidas mais longas, saudáveis e completas.

Cientistas decifram o genoma da água-viva

O genoma da água-viva imortal, Turritopsis dohrnii, foi decifrado em 2022 por uma equipe de cientistas da Universidade de Oviedo, na Espanha. Certamente, essa conquista científica abre portas para um futuro promissor na ciência e na medicina.

Vale ressaltar que o genoma é um conjunto de instruções que determina como um organismo se desenvolve e funciona. Ao decifrar o genoma, os cientistas foram capazes de identificar os genes que estão associados à sua incrível capacidade de se regenerar.

Por meio do estudo, pesquisadores descobriram que a água-viva possui um número maior de genes associados ao reparo e proteção do DNA do que outros animais. Portanto, ajuda a explicar sua capacidade de reparar danos ao DNA e prevenir o envelhecimento celular.

Além disso, perceberam que a Turritopsis dohrnii possui mutações em genes que controlam o ciclo celular. Logo, essas mutações podem permitir que a água-viva reverta seu ciclo de vida e rejuvenesça.

E tem mais, a água-viva possui genes que são semelhantes aos genes encontrados em humanos que estão associados ao câncer. Nesse sentido, pode ajudar os cientistas a entender melhor o desenvolvimento do câncer e desenvolver novas formas de tratamento.

As descobertas feitas com o estudo do genoma da água-viva imortal são apenas o começo. Agora, os cientistas estão trabalhando para entender como os genes funcionam e como eles podem ser usados para desenvolver novas tecnologias para a medicina humana.

Ademais, algumas áreas de pesquisa incluem o desenvolvimento de novas terapias para regenerar tecidos danificados em humanos. Assim como a produção de novas drogas para combater o envelhecimento. E, claro, métodos para criar órgãos para transplante a partir de células-tronco.

Para finalizar, a jornada para desvendar os segredos da água-viva imortal é apenas o começo de uma aventura que pode nos levar a um futuro onde a vida humana será mais incrível do que jamais imaginamos. Ficamos por aqui, até breve!

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Bárbara Luísa

Graduada em Letras, possui experiência na redação de artigos para sites, com foco em SEO. Meu foco é proporcionar uma experiência agradável ao leitor.

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