Descobertas revelam o que era Pompeia antes da erupção

A história sob as cinzas: o que era Pompeia antes da erupção?

Patrimônio Mundial da UNESCO, Pompeia é um dos sítios arqueológicos mais importantes do mundo.

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Pompeia
Fonte: Freepik

Ao caminhar pelas ruas de paralelepípedos do que ainda resta de Pompeia, transportamo-nos de volta no tempo. As ruínas oferecem uma perspectiva da vida cotidiana na Roma Antiga. Desde os antigos teatros e banhos públicos até as casas decoradas com tamanho luxo, cada canto de Pompeia conta uma parte da história da antiga civilização, que foi soterrada por um acidente trágico.

No fatídico ano de 79 d.C., ocorreu um dos eventos mais trágicos da história: a erupção do Monte Vesúvio, que cobriu a próspera cidade de Pompeia com uma mortal nuvem de cinzas e lava.

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Este desastre não apenas resultou em perdas de vidas e destruição de propriedades, mas também preservou Pompeia no tempo, permitindo uma visão singular da vida na Roma Antiga.

O que foi Pompeia?

Fundada durante o século VII a.C., Pompeia floresceu como um importante centro comercial e portuário. Seu posicionamento estratégico, próximo ao abundante Rio Sarno e à influente Nápoles, foi fundamental para seu desenvolvimento.

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Além disso, a antiga cidade romana possuía grandes construções públicas, incluindo o Fórum, templos para as divindades como Apolo e Júpiter, além de um teatro que apresentava espetáculos grandiosos. E não se engane, a vida cotidiana em Pompeia era rica e complexa. Desse modo, os cidadãos se envolviam em atividades comerciais, agrícolas, políticas e religiosas.

As residências, decoradas com mosaicos e pinturas murais, indicavam o prestígio social de seus proprietários. Já os banhos públicos, como as Termas Estabianas, desempenhavam um papel importante como espaços de interação social, onde se discutia assuntos como política e negócios.

O terrível acidente

Localizada em uma região vulcânica, Pompeia estava sempre sob a sombra iminente do Vesúvio, mas poucos poderiam prever a magnitude da tragédia que se abateria sobre a cidade. Na manhã de 24 de agosto de 79 d.C., uma explosão catastrófica lançou uma chuva de cinzas, pedras e gases tóxicos sobre Pompeia, pegando seus habitantes de surpresa e ceifando a vida de muitas pessoas.

Os relatos históricos descrevem cenas de pânico e desolação enquanto os moradores tentavam desesperadamente fugir da fúria imparável do Vesúvio. No entanto, muitos não conseguiram escapar a tempo, e foram sepultados sob toneladas de cinzas e rochas incandescentes.

Apesar da tragédia do Vesúvio, Pompeia se tornou um dos sítios arqueológicos mais importantes do mundo. Sendo assim, após anos, as escavações revelaram uma cidade incrivelmente preservada, com seus edifícios, objetos e até mesmo restos mortais.

Algumas descobertas recentes

No final do século XVI, o arquiteto Domenico Fontana foi o responsável pela descoberta das ruínas de Pompeia.  Contudo, os esforços arqueológicos efetivos só tiveram início em 1748 e somente em 1763 que encontraram uma inscrição, identificando o local como Rei publicae Pompeianorum.

No ano de 2021, os arqueólogos descobriram em Pompeia um espaço utilizado como alojamento para escravos. O que gerou uma rara oportunidade de entender a rotina daqueles que viviam em condições de servidão na Roma Antiga.

O cômodo modesto incluía três leitos, um recipiente de cerâmica e um baú de madeira, evidenciando a simplicidade do estilo de vida dos escravos.

Além disso, em 2022, foi encontrada uma pintura mural datada de 2.000 anos que representa um pão coberto com alguns ingredientes, sugerindo ser uma versão da pizza contemporânea. Essa revelação fornece indícios sobre as raízes da renomada culinária italiana.

Entretanto, vale ressaltar que este não se trata de uma pizza. Afinal, tomate e muçarela, dois ingredientes fundamentais da receita clássica napolitana, não estavam disponíveis na Itália durante o primeiro século d.C.

Aliás, um forno gigante também foi encontrado, com capacidade de produção de 100 pães. Embora já encontraram 50 padarias em Pompeia, os arqueólogos acreditam que o forno talvez pertencia a uma atacadista, que distribuía pães pelas inúmeras lanchonetes da cidade romana.

Além disso, os arqueólogos não sabem ao certo quantas pessoas morreram. É plausível imaginar que a maioria dos habitantes fugiu ao testemunhar o horror desencadeado pela erupção do Vesúvio.

Foram encontrados esqueletos, estimadamente entre 1.300 a 1.500 no total, durante as operações de recuperação, e a mais recente escavação também revelou seus próprios achados, incluindo os restos de duas mulheres e uma criança de gênero não identificado.

É isso? Curtiu conhecer um pouco mais sobre a cidade de Pompeia? Se quer ficar por dentro de mais textos como estes, então fique com a gente. A propósito, já conferiu as maiores extinções em massa do planeta?

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Gabriel Mello

Mestre em Filosofia e doutorando em Letras. Especialista em SEO, atua há 3 anos com planejamento, produção e revisão textual, garantindo a entrega de um conteúdo relevante e de impacto para e-commerce e e-business.

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