3 deuses indígenas que você precisa conhecer

Panteão brasileiro: os deuses indígenas como guardiões da cultura e da identidade

Cada etnia tece histórias e crenças que dão vida a um universo místico fascinante.

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deuses indígenas
Fonte: Freepik

As histórias e lendas sobre os deuses indígenas revelam a profunda conexão que esses povos tinham com a natureza e o cosmos. Através da mitologia, podemos compreender sua visão de mundo, seus valores e sua relação com o ambiente que os cercava.

Assim, preservar e valorizar este legado ancestral é fundamental para manter viva a rica cultura indígena e para fortalecer a identidade de seus povos. Afinal, os deuses indígenas são a personificação da sabedoria e da cosmovisão de um povo que vive em profunda harmonia com a natureza. Surpreenda-se!

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1.  Tupã

Tupã, o poderoso deus do trovão, reina supremo na mitologia Tupi-Guarani. Até porque ele é o criador do universo, da terra e dos seres humanos, portanto é figura central na cosmovisão desse povo ancestral.

Segundo a lenda, Tupã nasceu de uma pedra furada no cume de uma montanha sagrada. Ao nascer, ele já era um deus poderoso, capaz de controlar os raios e trovões. Sendo assim, sua fúria se manifestava nas tempestades, enquanto sua benevolência se traduzia na chuva que fertilizava a terra.

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Além disso, Tupã era casado com Jaci, a deusa da lua, e pai de Guaraci, o deus do sol. Juntos, formavam a tríade divina que regia o cosmos Tupi-Guarani: Tupã era o senhor do dia, Jaci governava a noite e Guaraci iluminava o mundo com seus raios dourados.

Nessa perspectiva, o culto a Tupã era marcado por rituais e oferendas. Dessa forma, os pajés, líderes religiosos da tribo, eram responsáveis por comunicar-se com o deus e interceder junto a ele em favor do povo. Através de cantos, danças e oferendas de fumo e animais, os Tupi-Guarani buscavam agradar Tupã e garantir sua proteção.

2.  Jaci

Jaci, a deusa da lua, governa majestosamente no céu noturno da mitologia Tupi-Guarani. Filha de Tupã, o deus do trovão, e esposa de Guaraci, o deus do sol, Jaci representa a dualidade da natureza e a eterna dança entre o dia e a noite.

Embora pareça estranho à primeira vista, na cultura Tupi-Guarani, a relação entre pais e filhos era diferente. Dessa maneira, filhas eram vistas como extensões de suas mães e, em algumas tribos, podiam se casar com seus pais.

No caso de Jaci e Tupã, a relação de pai e filha representa a criação da lua pelo deus do trovão. Já a relação de esposa e marido representa a união entre o dia e a noite, os dois elementos fundamentais para a vida na Terra.

Mas como ela pode ser esposa de Guaraci também, sendo que é seu irmão? Na cosmovisão indígena, a relação entre Jaci e Guaraci representa a dualidade lua e o sol, que se revezam no céu, garantindo o equilíbrio da natureza.

Conforme a lenda, Jaci era uma jovem tão bela que seu brilho ofuscava a luz das estrelas. Então, Tupã, encantado por sua beleza, a elevou ao céu para que sua luz iluminasse a noite e guiasse os seres humanos na escuridão. Por isso é a deusa da lua.

Assim, o culto a Jaci era realizado em noites de lua cheia, quando os Tupi-Guarani se reuniam em torno de fogueiras para cantar, dançar e fazer oferendas à deusa. Acreditava-se que Jaci podia ouvir os pedidos e desejos dos fiéis, concedendo-lhes proteção e bênçãos.

3.  Guaraci

Por fim, fechando a tríade dos deuses indígenas, Guaraci, o deus do sol, ilumina o mundo com seus raios dourados. Como vimos, é filho de Tupã e irmão-marido de Jaci, a deusa da lua. Logo, Guaraci representa a força vital e a eterna ciclicidade do dia e da noite.

Consoante a mitologia, Guaraci, ao nascer, era um deus poderoso, capaz de controlar o sol e a luz. Dessa maneira, sua cólera se manifestava nas queimadas, enquanto sua bondade era sentida no calor que permitia a vida na Terra.

Contudo, Guaraci era um deus bondoso e protetor. Sendo assim, guiava os guerreiros em suas expedições, curava os enfermos com seus raios quentes e auxiliava os agricultores na colheita. Era também o guardião das crianças, símbolo de esperança e futuro.

Assim como a Tupã, o culto a Guaraci era marcado por rituais e oferendas. Os pajés eram responsáveis por comunicar-se com o deus e interceder junto a ele em favor do povo. Através de cantos, danças e oferendas, os Tupi-Guarani buscavam agradar Guaraci e garantir sua proteção.

Embora cada etnia tenha suas próprias versões, esses deuses indígenas acabam sendo os principais. Aproveite que leu até aqui e descubra os mistérios dos espaços liminares, como é estar entre dois mundos? Ficamos por aqui, até breve!

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Bárbara Luísa

Graduada em Letras, possui experiência na redação de artigos para sites, com foco em SEO. Meu foco é proporcionar uma experiência agradável ao leitor.

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