4 cientistas brasileiras que marcaram o mundo

Mulheres que inspiram: 4 cientistas brasileiras que marcaram o mundo

Belas, inteligentes e dos laboratórios, estas cientistas são responsáveis pelo avanço científico do nosso país.

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cientistas brasileiras
Fonte: Freepik

O Brasil tem formado e acolhido diversas cientistas brasileiras que, com suas mentes brilhantes e muita dedicação, revolucionaram suas áreas de atuação e abriram caminho para as futuras gerações.

Desde a exploração do universo até a investigação dos segredos do nosso próprio organismo, as mulheres cientistas têm desempenhado um papel crucial no avanço da ciência no país e além. E hoje, são tema do nosso post, conheça-as!

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1.  Bertha Maria Júlia Lutz

Bertha Maria Júlia Lutz foi uma figura proeminente na biologia, política e diplomacia brasileira, destacando-se como um símbolo do feminismo e da defesa dos direitos das mulheres no país. Sua história é caracterizada por sua coragem pioneira e sua dedicação inabalável a uma variedade de causas.

Filha do renomado médico sanitarista Adolfo Lutz, Bertha formou-se em Ciências Naturais pela Sorbonne, em Paris, em 1918. Ela concentrou seus esforços na pesquisa científica, com ênfase em estudos relacionados a anfíbios, chegando até a identificar uma espécie de sapo até então desconhecida.

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Além disso, Bertha conquistou o posto de segunda mulher a integrar o serviço público brasileiro, desempenhando a função de naturalista no Instituto Oswaldo Cruz.

Para além de suas contribuições científicas, a pesquisadora foi uma fervorosa advogada pelos direitos das mulheres. Seu papel foi crucial na introdução do direito de voto feminino na Constituição brasileira de 1934, um marco significativo para aquela época.

2.  Sonja Ashauer

Sonja Ashauer, uma física brasileira, apesar de ter vivido por um curto período, deixou um impacto notável no campo da física teórica. Sua história revela seu talento excepcional, paixão pela ciência e dedicação incansável à pesquisa.

Sonja graduou-se em física pela USP em 1943, aos 20 anos de idade, tornando-se a quinta mulher a conquistar esse título na instituição. Em 1945, ela conseguiu uma bolsa de estudos do British Council para ingressar na Universidade de Cambridge, localizada na Inglaterra.

Sua tese de doutorado sobre problemas em elétrons e radiação eletromagnética foi defendida em 1948 com grande sucesso. Os estudos de Sonja estiveram voltados para a análise da interação entre elétrons e radiação eletromagnética, um campo essencial na física teórica.

Dessa forma, suas pesquisas foram relevantes para o avanço da teoria quântica de campos e para a compreensão da organização da matéria. Apesar de sua morte prematura (aos 25 anos), seus estudos continuam a ser relevantes para a física moderna.

3.  Elza Furtado Gomide

Elza Furtado Gomide também não poderia deixar de estar em nossa lista de grandes cientistas brasileiras. Ela foi uma destacada presença na comunidade de matemática e biofísica no Brasil, sendo reconhecida como uma das pioneiras a explorar essas áreas no país.

Elza graduou-se em matemática pela USP em 1945, período em que as mulheres eram poucas nos cursos de ciências. Como resultado, em 1950, conquistou o título de primeira mulher a receber um doutorado em matemática pela USP, apresentando a tese “Sobre o Teorema de Artin-Weil”, orientada por Jean Delsart.

Impulsionada por sua fascinação pela física e biologia, ela concentrou-se na biofísica. Esta é uma área interdisciplinar que emprega abordagens matemáticas e físicas na análise de sistemas biológicos. Dessa forma, aplicou métodos matemáticos para modelar a configuração tridimensional de proteínas e examinar sua conexão com suas funções biológicas.

Elza ocupou o cargo de professora titular na USP por mais de quatro décadas, desempenhando um papel fundamental na formação e motivação de inúmeras gerações de cientistas. Além disso, fundou o Laboratório de Biofísica Molecular da USP, um renomado centro de pesquisa biofísica no país.

4.  Suzana Herculano-Houzel

Renomada neurocientista brasileira, Suzana Herculano-Houzel é reconhecida internacionalmente por seus estudos sobre o cérebro humano. Após concluir sua graduação em Biologia pela UFRJ em 1992, Suzana obteve o doutorado em Neurociências pela Universidade de Cornell em 1999.

Pioneira no desenvolvimento de uma técnica precisa para quantificar o número de neurônios em várias áreas cerebrais, Suzana realizou o mapeamento da distribuição neuronal em uma variedade de espécies animais, incluindo humanos.

Aliás, suas pesquisas demonstraram que o cérebro humano contém aproximadamente 86 bilhões de neurônios, uma quantidade consideravelmente inferior às estimativas anteriores.

Os estudos de Suzana questionaram a ideia de que a inteligência está diretamente ligada ao número de neurônios. Isso porque suas pesquisas evidenciaram que a organização e as conexões entre os neurônios desempenham um papel mais significativo na capacidade cognitiva do que a quantidade total dessas células.

Sua pesquisa contribuiu para a compreensão de doenças neurodegenerativas como Alzheimer e Parkinson, além de ter implicações para áreas como educação e psicologia. Vale dizer que sua palestra no TED Talks, “O que o cérebro humano tem de tão especial?”, foi vista por milhares de pessoas em todo o mundo.

Curtiu conhecer as cientistas brasileiras e seus legados? Com certeza suas paixões pela ciência e seus compromissos com a divulgação científica as tornam um exemplo inspirador para as novas gerações de cientistas. Se ama ciência, então com certeza vai gostar de conhecer essa água-viva imortal. Até a próxima!

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Gabriel Mello

Mestre em Filosofia e doutorando em Letras. Especialista em SEO, atua há 3 anos com planejamento, produção e revisão textual, garantindo a entrega de um conteúdo relevante e de impacto para e-commerce e e-business.

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