O momento mágico do solstício: quando o Sol se estica no céu
Os celtas acreditavam que o solstício era um portal para o mundo das fadas e dos espíritos. Entenda a seguir!
Anúncios
A Terra, em sua eterna dança no cosmos, tece uma sinfonia de luz e escuridão. Ora aponta o hemisfério norte para o Sol, ora o sul, em um ritmo constante que define as estações. Essa inclinação do planeta se chama solstício.
Portanto, quando é inverno no hemisfério norte, é verão no sul. Depois de seis meses, há a troca de estações. Para entender melhor, fique com a gente até o final e veja o jogo de luz e sombra que a Terra e o Sol fazem.
O que é solstício?
Imagine a Terra como uma bailarina girando no palco do cosmos. Em sua dança, ela se inclina 23,5 graus, ora apontando o hemisfério norte, ora o sul, para o Sol. Sendo que o ápice dessa inclinação consiste no solstício, um momento mágico que marca a troca das estações.
Anúncios
Duas vezes ao ano, o Sol se posiciona diretamente sobre um dos trópicos, ou Trópico de Câncer ou Trópico de Capricórnio. No hemisfério banhado por essa luz direta, os dias atingem seu ápice de duração, enquanto no outro, reina uma longa noite.
No Norte, o solstício de junho anuncia a entrada do verão. Assim, os raios solares incidem com mais força, aquecendo a terra. No Sul, nesse mesmo período, o solstício de dezembro dá início ao inverno, com dias mais curtos.
Anúncios
Então, seis meses depois, a dança se inverte. Como assim? Em dezembro, o solstício no hemisfério norte traz o inverno; à medida que no hemisfério sul, o solstício de junho anuncia a chegada do verão.
Aliás, os solstícios não são apenas momentos astronômicos, mas também marcos culturais. Celebrações ancestrais, como Stonehenge na Inglaterra e Machu Picchu no Peru, foram construídas para homenagear essa dança celestial.
Diferença entre solstício e equinócio
Como dito anteriormente, duas vezes ao ano, o Sol se posiciona sobre um dos trópicos. Nesse instante, a luz solar se derrama com maior intensidade sobre um hemisfério, enquanto no outro, a noite reina, com a escuridão cobrindo o céu.
Por outro lado, nos equinócios, o Sol se posiciona sobre o Equador, banhando ambos os hemisférios com a mesma quantidade de luz. O dia e a noite têm a mesma duração, 12 horas cada, criando um equilíbrio perfeito.
Assim, o equinócio de março marca a entrada da primavera no hemisfério norte e do outono no hemisfério sul. Sendo assim, torna-se um período de mudança, quando as flores desabrocham, os pássaros cantam e a natureza se prepara para um novo ciclo.
Já em setembro, o equinócio anuncia a chegada do outono no Norte e da primavera no Sul. As folhas mudam de cor, o ar se torna mais fresco e a natureza se prepara para o descanso do inverno.
Celebrações culturais pelo mundo
O solstício, momento mágico em que o Sol se posiciona sobre um dos trópicos, inspirou a humanidade desde a antiguidade. Dessa forma, diversas culturas criaram histórias, lendas e celebrações para homenagear esse evento.
O Stonehenge, na Inglaterra, é um monumento megalítico alinhado com o solstício de verão. Sendo assim, acredita-se que tenha sido um centro religioso e astronômico para aqueles que viviam em tempos remotos.
Já na Escandinávia, a festa do solstício de verão, conhecida como Midsommar, envolve fogueiras, danças e comidas tradicionais. No Japão, o solstício de verão, chamado de ‘Natsu Matsuri’, é celebrado com fogos de artifício, danças e comidas típicas.
Para outros povos, o solstício tem outros significados. Na China, o solstício de verão é considerado um dia de má sorte. Então, as pessoas evitam sair de casa e realizar atividades importantes.
Já Machu Picchu, no Peru, foi construído com uma orientação precisa ao solstício de inverno. Logo, os Incas acreditavam que o sol era um deus e que o solstício seria um tempo de grande poder.
Aqui no Brasil, pode parecer que não celebramos, porque ouvimos falar pouco sobre. Entretanto, o solstício de junho é comemorado com festas juninas, que incluem comidas típicas, fogueiras e danças folclóricas.
E tem mais, no Egito, o solstício de verão era celebrado como o aniversário do deus Hórus. Assim, as pessoas acendiam fogueiras e ofereciam sacrifícios ao deus. Já na África do Sul, o solstício de inverno é celebrado com o festival ‘Umhlanga’, que envolve danças e rituais tradicionais.
Para finalizar, o solstício é um período que vai além da ciência e se torna parte da cultura e da espiritualidade de diversas sociedades. Desse modo, só demonstram a importância cultural e simbólica desse evento que dita o ritmo da vida na Terra. Até breve!